… tirou o testo e
meteu a colher na panela retirando alguns feijões. Provou-os. Estavam cozidos.
Que cheirinho exalava do vapor que daquela saía.
Voltou a colocar o
testo, atiçou o lume, pôs mais uma caneca de água na panela de três pernas e
tratou de cascar e cortar as batatas, olhar as couves, cortá-las miudinhas e
preparar o nassairo para masturar a panela.
Eles quando
chegassem haviam de vir esgalgados com ela…
Aproveitou e ainda
teve tempo para, enquanto a panela fervia, ir por uma gabela na majadoira do
gado e uma baldada ao porco. O gado de bico já tinha a sua conta desde manhã.
Só passou pelo ninheiro e recolheu os sete ovos que lá estavam. De caminho
agarrou a pedrês e apalpou-a para ver se já tinha posto. Estava lá à porta. Bem
que lhe tinha parecido que ela que andava a rondar o ninho… Se ela desse em
chocar é que era um regalo. Agora tinha ovos com fartura, galados pelo pedrês,
um rico dum animal, pesava para riba de seis quilos. Talvez até estivesse muito
perto da meia arroba! Mas a seu tempo as coisas aconteceriam…
Quando chegou à
cozinha já as sopas cantavam na panela pedindo um pouco mais de água. Logo
remediou o caso. Tirou novamente o testo e com uma caneca, tirou, duma prá
outra, três canecadas de água a ferver. Mexeu, provou, temperou com mais um
pouco de sal, ajeitou os tiços e… pôs a mesa.
Foi à tábua buscar
uma broa que colocou na mesa e deu em varrer a cozinha. Passava com ligeireza o
ramo das agulhas verdes sobre a areia espalhada pelo chão!
Pois claro! As
tábuas do solho estavam protegidas com areia branca para as poipar e por causa
das galinhas que, às vezes, por ali largavam bosteiras aguadas. De vez em
quando, trocava a areia por outra mais limpinha que até dava mais vida aquele
espaço de reunião da família…