

Tenho razões para ser gandarês : Sou neto da "Ti Manca", do "Ti Zé da Domingas", da "Ti Alzira da Reboca"! Forma simples que encontro para com eles dialogar, fazer com que nunca sejam esquecidos, que os meus filhos, amigos e todos os que a este blog se desloquem, deles se lembrem. Deles e doutras personagens a quem me curvo pela sabedoria, pela forma de vida, pela maneira de estar, pela influência que em mim tiveram, pelo sorriso que ainda ostentam nas imagens que os perpetuam no Campo Sagrado.
segunda-feira, 2 de março de 2009
Madre Teresa de Calcutá: Para mim, tão parecida com a minha Avó Manca!
Profundo admirador da pessoa, pela sua origem humilde e imensa obra realizada, tributo homenagem a Madre Teresa de Calcutá, de seu nome próprio AGNES GOUXHA BOJAXHIN.
Albanesa de Nacionalidade, dedicou toda a sua vida ao “serviço ao outro”! Com seus gestos, atitudes e acções praticadas, incomodou (e continua a incomodar) muita gente.
De rosto sulcado por abruptos desfiladeiros abertos em face macia e como que sedosa, não se conformou
com o mundo que encontrou ao nascer, com o mundo em que viveu e com o mundo que deixou.
Contrapôs ao uso de bombas e armas o “uso do amor e compaixão” de forma desmedida.
Rosto continuamente sorridente, afirmou que era ali, no sorriso, que a paz tinha início.
Afirmam alguns “leitores” da sua obra, que esta teve momentos de desânimo! (Quem os não terá sentido já?!) Nunca encarou um obstáculo como uma barreira intransponível. Antes o considerava um degrau que lhe permitia ir mais além!
São suas as frases:
· “O senhor não daria banho a um leproso por um milhão de dólares? Eu também não. Só por amor se pode dar banho a um leproso”;
· “Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão do tamanho de uma gota de água. Mas… o mar seria menor se lhe faltasse essa gota de água”;
· “As palavras quando não dão luz, aumentam a escuridão”;
· “É fácil amar os que estão longe, mas nem sempre é fácil amar os que vivem, ao nosso lado”;
· “Se não me aceitar como sou… se não me amar a mim mesmo… verdadeiramente… como posso amar os outros?”
Como pode classificar-se uma pessoa que tais afirmações profere? Que características lhe podem ser atribuídas?
Tremendamente conhecedora da realidade social onde viveu, eternamente insatisfeita com as condições de vida dos que considerava mais pobres de entre os pobres, nasceu, viveu e… morreu humilde. Conheceu amarguras. Viveu cada dia de forma intensa. Cada dia “que acontecia” era o mais belo da sua vida!
O maior obstáculo que encontrou (e ultrapassou!) foi o medo. Considerava o egoísmo como sendo a raiz de todos os males. Aprendeu muito com as crianças. O desalento fê-la perder algumas batalhas sem contudo ter perdido a guerra em que livremente se abalançou. O ser útil aos outros, tornava-a feliz.
Considerava haver um só mistério grande: a morte!
Mau humor, rancor e mentira, eram por si encarados como o pior defeito, pior sentimento e coisa mais perigosa. Em contrapartida, o perdão, o lar e o caminho correcto, eram para si o presente mais belo, mais imprescindível e a estrada mais rápida.
Achava convictamente que quem julga as pessoas, não tem tempo para a as amar.
Não sei se será correcto afirmar que tenho uma “inveja sadia”[1] á personagem com quem me identifico pela força, coragem abnegação com que viveu cada dia da sua vida.
[1] Ciúme, cobiça

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