sábado, 12 de setembro de 2015

Os musgos nascem e crescem nas cascalhas...


… Os passarinhos piam constante, continuamente. As pinhas debaixo dos pinheiros são aos montes. Recostado no banco encostado a um pinheiro, boné na cabeça e pala sobre os olhos, aguardo serenamente o nascer do dia. Tudo em redor é agradável à vista. O perfume da natureza embriaga-me os sentidos. O verde carregado quase se confunde com as cascalhas dos pinheiros cobertas de musgo, do lado norte destes. Engraçado! Conhecedor de causa, só agora confirmei a verdade que outrora me tinham relatado. Os musgos nascem e crescem nas cascalhas do lado virado para norte dos pinheiros mantendo as cascalhas do lado sul na sua cor natural e limpas. Mas… Voltemos ao que me fez pegar no lápis. Ansioso por encontrar um pouco de silêncio e paz da natureza, agarrei em mim e fiz-me eremita mesmo aqui no Pinhal Redondo, por detrás da Baleira da Bruxa. O único barulho, se é que assim lhe posso chamar, é o marulhar das águas correndo na Vala do Fojo, que ouço abertamente e o cantar dos passaritos, chilreando melodiosamente, trinando chamamentos amorosos que entoam, nas redondezas dos seus ninhos. Se me perguntarem, direi que são estrincapinhões, cias, pardais (pardais não, pois como os ratos e as doninhas, apenas sabem chiar) mas talvez piscos, zarelhas ou outro qualquer… não importa. O que importa é que o canto é melodioso, tremendamente agradável ao ouvido…

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