Tenho razões para ser gandarês : Sou neto da "Ti Manca", do "Ti Zé da Domingas", da "Ti Alzira da Reboca"! Forma simples que encontro para com eles dialogar, fazer com que nunca sejam esquecidos, que os meus filhos, amigos e todos os que a este blog se desloquem, deles se lembrem. Deles e doutras personagens a quem me curvo pela sabedoria, pela forma de vida, pela maneira de estar, pela influência que em mim tiveram, pelo sorriso que ainda ostentam nas imagens que os perpetuam no Campo Sagrado.
sábado, 23 de janeiro de 2010
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Estamos sentados no seu quintal, debaixo da trave do telheiro, junto ao poço da bomba e do pio. As árvores começam agora a brolhar, a deixar nascer as primeiras folhas e a anunciar mais uma Primavera. Na nossa frente estende-se uma grande cerca de arame onde passeiam muitas galinhas (pedreses, brancas e amarelas), um galo pedrês, gansos, patos, chinos e coelhos.
É aconchegador o som do chilrear da passarada, descontraída saltitando de ramo em ramo do abrunheiro, não ligando á nossa presença. Que agradável sonoridade e música de fundo para a nossa conversa de hoje.
Passou uma vida dura! (De quando em vez pára no meio da narração, olha alguns instantes no vazio por si criado e perfeitamente inserido na agradável paisagem que nos rodeia, quase sendo necessário chamá-lo á realidade para continuação da narração).
Filho de gente pobre (eu, pessoalmente, gostava de ter conhecido alguns ricos daqueles tempos!), comeu durante toda a já longa vida, o pão que o diabo amassou, como com orgulho afirma!
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