
Qualquer criança que já caminhe pode conduzir “aqueles monstros” e fazer deles máquinas possantes no amanho das terras. Só terá que respeitar o seu lado de trabalhar e de entrar para dentro dos varais do carro.
Aliás, tanto um como outro, de tantas vezes fazerem o mesmo, estão já automatizados, basta desatar o nó que os mantem presos á manjedoura e eles deslocar-se-ão para a pia, bebendo água e ficando na exacta posição em que lhes irá ser colocada a canga sobre o cachaço. Caso se vá utilizar um só, basta encaminhá-lo para junto do carro de varais e ele entrará, pelo seu lado, para o interior dos mesmos, esperando depois que alguém os levante para ele, muito docemente, rodar a cabeça para trás e dar o jeito necessário para que os cornos entrem nos varais e seja assim subjugado á canga.
Mas voltemos á nossa terra de pasto apanhado!
Sobre aquela camada de pontas de pasto, o restolho, estão já a ser alinhadas duas filas de montes de esterco, carrada a carrada, com muito pouca diferença, em termos de tamanho, umas das outras. Do lado direito da terra e para quem está virado para o Sul, lá labuta já o Manel, calças arregaçadas até ao joelho, camisote pelos cotovelos e enchada de cem mil réis nas mãos. Lenta e continuamente vai dando origem á enrega e cava de alto a baixo, duma ponta á outra da terra, uma faixa com cerca de um metro de largura. Limpa a extrema, joga com as ervas arrancadas da mesma para o fundo do corte e avança que o tempo bom está a aproximar-se!
Lá em casa, a Maria, no intervalo das voltas e entre as lides domésticas,...
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