Tenho razões para ser gandarês : Sou neto da "Ti Manca", do "Ti Zé da Domingas", da "Ti Alzira da Reboca"! Forma simples que encontro para com eles dialogar, fazer com que nunca sejam esquecidos, que os meus filhos, amigos e todos os que a este blog se desloquem, deles se lembrem. Deles e doutras personagens a quem me curvo pela sabedoria, pela forma de vida, pela maneira de estar, pela influência que em mim tiveram, pelo sorriso que ainda ostentam nas imagens que os perpetuam no Campo Sagrado.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
O trabalho nos campos...
O trabalho nos campos nem sempre era suficiente para permitir abundância à mesa, daí que, mais os homens mas muitas das vezes também as mulheres tivessem que tentar a sorte noutros trabalhos, quer como moças efectivas, diárias, ao ano, quer ainda integrando ranchos, trabalhando às tardes, ou ainda tentando a sorte com a venda de alguns produtos como o peixe, pescado na Praia de Mira.
...
Andavam descalças! À cabeça, usavam uma bacia de folha de zinco com fundo de madeira para transporte do peixe e, na mão, uma “ gaita” de palheta para se fazer anunciar. Transportavam o peixe desde a beira-mar até aos outros lugares do Concelho, onde o vendiam a retalho, de porta em porta, (ao cento, meio - cento, ao quarteirão, meio quarteirão, à dezena, à dúzia, à meia-dúzia ao par,) apregoando: -... É da Praia de Mira! È fresquinho...
Relativamente aos que habitualmente desenvolviam a sua actividade sempre nos campos de lavoura, nas terras do Seixo, as mulheres...
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