quarta-feira, 5 de junho de 2013


Ora chega cá e ouve com atenção o que tenho para te dizer hoje.
Listei e escrevi, nas areias da praia, todos os mimos com que quiseram brindar-me, ultimamente! Tantos eram que… escolhendo a hora de maré baixa, tive que começar junto da Duna e utilizar todo o espaço até a linha de maré para não deixar nenhum para trás. As últimas inscrições, mesmo já a rasar a linha de água… correspondiam exatamente aos nomes dos seus autores (!?).
Já Honoré de Balsac dizia que a ingratidão provém, com certeza, da impossibilidade de pagamento de uma qualquer dívida.
Abriram-me os olhos para algo que eu vinha praticando sem pensar! Enquanto apregoava que o ideal para se ser feliz e se sentir realizado seria
 
Estar de bem connosco próprios;
Estar de bem com os nossos familiares e com a sociedade;
Lutar por manter uma vida familiar estável em todos os aspectos;
Tudo fazer para garantir bem-estar físico, psicológico, boa saúde e…
Garantir uma contínua aquisição e actualização de conhecimentos.
 
Lembrava sempre que, primeiro e acima de tudo devia estar a nossa vida particular!
Descobri agora, embora tenha sido há tão pouco tempo, que afinal, estar livre de compromissos é muito agradável! Descobri acima de tudo que, não estando exposto, não sou criticado (não devia ser, mas parece que o rasto e marca que deixo naquilo que faço continuam a ofuscar muita gente)!
Mas confirmei também que a mentira tem perna curta! Que a melhor maneira de esconder a verdade é… desviar as atenções! Que, a mais rápida maneira para levar a água ao moinho, não é necessariamente construir uma vala ou um aqueduto!
Acima de tudo, descobri que a capacidade, os conhecimentos que adquiri e possuo não se esvaem só porque deixo de exercer determinada actividade!
Não me arrependo por aproveitar cada momento da minha vida! Congratulo-me por ser capaz de viver plenamente cada momento da minha vida!
Mas estarei mentalmente preparado para assim aproveitar o meu tempo livre? Terá sentido a minha vida se me tornar “egoísta”?
Quando se fecha uma porta que tem permitido a efectivação de uma serviço voluntário e desinteressado, abre-se de imediato um portão para exercício da mesma actividade no mesmo rumo, direcção e objectivo.
Creio plenamente nesta máxima.
Há coisas que a justiça dos tribunais não pode impor aos Homens: honra e dignidade são qualidades dum indivíduo! Não são produtos de compra e troca ou venda.
Sossegado na minha cama, há uns dias atrás, dei por mim a sonhar que era um “pirilampo” (vejam bem!). Eu fugia e de início não sabia porquê. Estava assustado!
De repente percebi!
Um bicho repelente, com várias cabeças, rastejante, feroz e predador, seguia-me. Isso durou tempos intermináveis, fez-me suar.
Num momento de desespero, esfalfado e já sem forças, parei e, fazendo-lhe frente perguntei-lhe:
-Pára! Porque me esfalfas e não me deixas em paz? Atormentei-te ou incomodei-te assim tanto para que me persigas desta forma?
Não, respondeu-me com voz atroadora.
Se não, responde-me:
-Não costumo abrir esse precedente, mas já que te vou “fazer desaparecer”, podes perguntar. Respondeu de forma rude e agressivamente, carregado de ódio e preparando-se para, com os seus anéis, dar início ao meu atrofiamento.
-Pertenço à tua cadeia alimentar?
-Não. Respondeu
-Fiz-te algum mal?
-Não, já te disse.
-Então porque é que me queres fazer desaparecer?
-Porque não suporto mais ver-te BRILHAR”!
 Fiquei sem palavras…

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