sexta-feira, 12 de junho de 2009

Outros tempos...

... está o milho com altura bastante e mesmo a pedir para ser desbastado e “achegado” e abertas as regadeiras, pois o verão já se adivinha e, desta terra, terá que sair o sustento para um ano de toda a casa. Uma das caixas leva sessenta alqueires e a outra, embora mais pequena, precisa de quarenta e oito para ficar cheia. O milho está amarelito, queira Deus que não apanhe arejo e tudo se há-de arranjar, pois logo na primeira rega vamos “botar-lhe” o “buano” apropriado e ele dará o salto. Mas, vamos lá abrir as regadeiras. Primeiro e á frente de todos, arranca alguém a desbastar os pés de milho: torna-se além de útil, necessário fazer uma escolha dos melhores pés de milho, deixá-los ficar e protegê-los, arrancando os mais próximos para que não impeçam ou dificultem o seu crescimento. Assim cada pé de milho terá as condições próximas do ideal para produzir o máximo de espigas e o melhor grão. Temos também que arrancar as ervas daninhas que se encontram próximo do pé de milho: erva vime, castanhol, figueiras do inferno, etc. Nada pode dificultar ou impedir o seu livre, espontâneo e desejado crescimento. De imediato, vamos deitar o “buano” de maneira que possa ser tapado pela terra que vai ser movimentada no “achegar o milho”. No trabalho de realizar as regadeiras, é preciso ter cuidado para que a enxada nem corte as raízes do milho, nem o moleste demasiado, colocando-lhe, no entanto, a terra junto do pé para lhe garantir mais segurança no crescimento e depois suportar melhor quer os ventos, quer o peso da palha e das espigas, que se espera e deseja que sejam muitas e graúdas…

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