Estava preparado o leitão.
Depois de tudo feito, acalmou. Roleirou o
forno. Achando que ainda não estava suficientemente quente, pela cor do céu e
lar, atirou-lhe mais umas achas para dentro. Enquanto elas ardiam, agarrou numa
caneca de esmalte, deitou-lhe dentro uma colher de açúcar amarelo e verteu para
a mesma o café que a Maria ali lhe tinha deixado. Sentou-se à mesa, agarrou num
naco de broa, que untou com manteiga de porco, e comeu regaladamente. Eram já
oito horas. Lançou o olhar ao forno e viu que o céu já estava branco.
Roleirou-o novamente e depois, com o rodo, retirou quase todas as brasas para a
lareira, mesmo debaixo da boca do forno. Pegou num tijolo burro e, com jeito e
maneira, fê-lo deslizar com o roleiro para o fundo do forno de modo a poder
apoiar a vara de loureiro sobre o mesmo. Agarrou na vara com o leitão e
enfiou-a dentro do forno, a cabeça á frente, indo apoiá-la no tijolo burro que
ali havia colocado. Agarrou depois a tampa do forno e colocou-a no sítio
ficando assim a vara com o leitão suspensa entre o tijolo burro e a porta do
forno.
Agora, com muita atenção, teria que
permanecer por ali cerca de meia hora sempre com atenção ao forno. Não podia
dali arredar pé não fosse o calor ser muito e, aliado à pouca experiência, vir
a estornicar-lhe o animal.
De pouco em pouco, ia tirando a porta e espreitando
para dentro do forno. Assim se passaram cerca de quarenta e cinco minutos.
Espreitando uma ultima vez para o forno e verificando que a coisa estava a
correr bem, achou oportuno fechar a porta e deixar que o leitão se assasse por
inteiro. Assim fez, abandonando a cozinha e dando ordem a dar outras voltas
pelo quintal arrumando lenhas, ajuntando as agulhas mais sujas da estrumeira
para um monte e enrregando a tirar a curralada aos bois...
Sem comentários:
Enviar um comentário